AGENDA CULTURAL

16.3.14

Androgyne - sagração do fogo - em Araçatuba



ANDROGYNE – SAGRAÇÃO DO FOGO


Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013 – Circulação
Prêmio Denilto Gomes 2013 – Domínio do movimento
Prêmio APCA São Paulo 2013 – Bailarina revelação

Circuito Cultural Paulista 2014 (Secretaria Estadual de Cultura) -23 de março, domingo, 20h30 - teatro municipal Paulo Alcides Jorge
ANDROGYNE é resultado da trajetória de Alda Maria Abreu junto à Taanteatro Companhia. Ao longo dos últimos 3 anos, a artista dedicou  sua pesquisa e criação à verticalização dos processos didático-criativos do taanteatro ou teatro coreográfico de tensões. Neste período, realizou assistência e monitoria nas oficinas de Introdução ao Taanteatro e participou como performer/dançarina, assistente de direção e coreografia dos espetáculos RIT.U (2010), Máquina Hamlet fisted  (2011) e Danças [Im]puras (2012), – projetos fomentados pela 7ª e 11ª  Edições do Fomento à Dança da Cidade de SP.  Nesse estreito diálogo com a abordagem taanteatro, os desafios poéticos e coreográficos acerca das temáticas corpo/cultura, corpo/identidade, corpo/linguagem amadureceram e agora ganham vida na concepção e atuação de ANDROGYNE – sagração do fogo.
Contexto e temática
Diante das contemporâneas Inquisições de GêneroANDROGYNE aborda de forma poética o tema da identidade sexual.  Subverte o significado clássico da androginia – unidade e perfeição espiritual – ao convocar a despolarização dos gêneros como manifestação ética do corpo.
A constante tensão entre a atualidade e atemporalidade das polêmicas sociais e dos tabus morais que a temática envolve, levou a pesquisa da encenação ao encontro com Joana d’Arc, personagem andrógina histórica.
Face a face com o tribunal do fogo e do falo, contrariando os relatos históricos e literários dedicados à vida de Joana ’Arc, ANDROGYNE sagra o fogo ao tomar de assalto a concretude andrógina do corpo nu sob as chamas – o tremor incendiário de seu ser.
A encenação investe no hibridismo entre a dança e as artes visuais para compor coreografias que testemunham uma experiência singular e extra-dogmática do Sagrado, e transborda fronteiras de linguagem e de gênero na busca de uma Dança-Tremor. E desse modo, alastra o fogo que nasce dos tremores ancestrais e contemporâneos na encenação coreográfica do insondável enigma de viver para além dos limites da própria identidade.
Corpo, Imagem e Som
A exploração de zonas fronteiriças está presente em ANDROGYNE sob a seguinte composição: intensidade do corpo performático, poesia cenográfica, atmosferas sonoras, além da multiplicidade imagética de dois videotrípticos.
As coreografias ao vivo são compostas por Danças-Objeto, promovendo no corpo da dançarina três metamorfoses: do corpo-OVO, ao corpo-FOGO, culminando no corpo-CINZA.
As cenas capturadas em meio à natureza conferem ao trabalho uma dimensão ecoperformática. Já as imagens de estúdio, tingidas de uma atmosfera onírica e surreal, colocam em xeque certezas demasiado humanas acerca das questões de gênero e identidade. A concepção dos vídeos propõe um pas des deux entre dança real e virtual. Os artistas audiovisuais Gabriel Bogossian e Paulo Bueno assinam direção, fotografia e edição dos trípticos.
A trilha sonora do espetáculo, composição do músico Gustavo Lemos, foi concebida em intenso diálogo com a criação coreográfica, gerando assim uma sinfonia eletroacústica que permeia a encenação ao longo de 60 minutos.
Espetáculo
Direção | Maura Baiocchi
Concepção e coreografia (solista)| Alda Maria Abreu
Música | Gustavo Lemos
Vídeo Mapping e Iluminação | Eduardo Alves
Equipe Técnica | Isa Gouvêa  
Arte gráfica| Hiro Okita 
Produção | Wolfgang Pannek e Alda Maria Abreu
Vídeos
Roteiro e Performance | Alda Maria Abreu
Direção de vídeo | Gabriel Bogossian
Fotografia e Edição | Paulo Bueno
Vídeo Mapping | Eduardo Alves
Duração: 60 minutos 
Recomendação: 12 anos

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