Hélio Consolaro*
Morreu o Miltão, mas há muitos miltões por aí que morrem
todos os dias, ninguém fica sabendo, mas esse Miltão da notícia não é um
mecânico, nem um trabalhador, trata-se de um hipopótamo do zoológico municipal
Flávio Leite Ribeiro de Araçatuba.
Aliás, ultimamente gatinhos, cachorrinhos e animais exóticos
estão tendo mais valorizado do que seres humanos. Mas quem valoriza os bichos,
automaticamente gosta de animais. Não há incompatibilidade.
Puseram o coitado do Miltão em cativeiro, no zoológico municipal
Flávio Leite Ribeiro, transportado de São Paulo. Serviu para muita gente saber
o que é um peixe-cavalo, enorme, lembrando um barril. Herbívoro, vive na terra
como na água, origem africana.
Não morreu, foi assassinado por gente que não sabe que vive
num planeta, não descobriu que as pessoas, as vidas, vivem interdependentes uma
da outra. Então jogavam plástico pelo bosque, não recolhia garrafa, ou seja,
lixo para esse pessoal é coisa para enfeite. Miltão morreu com essas tranqueiras
no estômago.
Esses bípedes, chamados humanos, sem consciência planetária os chamamos de antas. Coitadas das antas...
Leia também: Assassinatos de animais em Araçatuba
Leia também: Assassinatos de animais em Araçatuba
Nenhum comentário:
Postar um comentário